Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: CAROLINE DOS SANTOS MELO
DATA: 01/08/2023
HORA: 15:00
LOCAL: Sala de videoconferência - Did VII
TÍTULO: EFEITO DA SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINAS NA MELHORA DA RESISTÊNCIA À INSULINA EM MULHERES COM SÍNDROME DE OVÁRIOS POLICÍSTICO (SOP): UMA REVISÃO SISTEMÁTICA E META ANÁLISE DE ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS
PALAVRAS-CHAVES: Síndrome dos ovários Policísticos; vitaminas; resistencia à insulina; SOP.
PÁGINAS: 71
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Nutrição
RESUMO:
Introdução: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma condição endócrino e metabólico que afeta mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo. A SOP é frequentemente associada a diversas comorbidades como a obesidade, inflamação crônica de baixo grau, risco aumentado para doenças cardiovasculares e resistência à insulina (RI). A RI é uma condição comum em mulheres com SOP e está relacionada com a ocorrência de outras comorbidades uma vez que a hiperisulinemia aumenta a produção de hormônios andrógenos das células ovarianas. A RI tornou-se alvo terapêutico no manejo da SOP e a suplementação de micronutrientes como vitaminas ajudam no controle dessa condição, uma vez que, atuam melhorando a captação periférica de glicose. Objetivo: Elaborar uma revisão sistemática e uma meta-análise visando discutir os efeitos da suplementação de vitaminas na resistência à insulina na SOP. Metodologia: A revisão sistemática foi desenvolvida seguindo as instruções do Preferred Reporting Items for Reviews and Meta-Analysis (PRISMA). A pergunta de pesquisa foi definida de acordo com o anagrama PICOS. A estratégia foi desenvolvida usando os termos controlados (em inglês), MeSH (Medical Subject Headings) nas bases de dados: PubMed/MEDLINE, EMBASE, Web of Science, SCOPUS e no Google Acadêmico. A seleção dos estudos foi realizada de forma independente por dois autores. Foram incluídos estudos realizados com mulheres adultas com diagnóstico de SOP, que receberam suplementação oral de vitaminas isoladas ou a suplementação oral de vitamina D associada ao cálcio. Foram excluídos estudos que não apresentassem valor de HOMA-IR no início e após a intervenção, que suplementaram polivitamínicos e que não apresentaram resultados referentes ao placebo. Os dados foram extraídos seguindo o Checklist Consolidated Standards of Reporting Trials (CONSORT). O risco de viés dos estudos foi avaliado usando a ferramenta Cochrane Collaboration tool for bias risk assessment RoB 2.0. O tamanho de efeito da suplementação com vitaminas no HOMA-IR foi testado em modelo de efeito randômico e um 2-tailed, sendo utilizados os deltas do HOMA-IR. O tamanho de efeito foi reportado em diferença de médias com e intervalo de confiança (IC) de 95%. A heterogeneidade foi avaliada usando o teste Cochran Q e quantificado usando o I2 index. Resultados: Foram identificados 776 registros. Após a aplicação dos critérios de inclusão nas duas etapas de seleção 17 estudos foram incluídos na revisão sistemática. As vitaminas K e folato foram ofertadas em 1estudo cada e contribuíram para a redução do valor de HOMA-IR. A meta-análise mostrou que suplementação com vitamina D foi associada à redução nos valores de HOMA-IR (-0,55 IC 95%: -0,82, -0,27), doses de vitamina D menores que 50.000 UI reduziu os valores de HOMA-IR em -0,59 enquanto que doses iguais a 50.000 UI não contribuíram para a redução dos valores de HOMA-IR(0,39). Conclusão: A suplementação com vitamina D contribuiu para a redução do HOMA-IR quando ofertada doses diárias menores que 50.000 UI (40UI – 6000UI). Apesar de serem avaliados em poucos estudos a vitamina K e o folato também reduziram os valores de HOMA IR.