Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: WENES RAMOS DA SILVA
DATA: 05/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Sala de aula do PPGQ
TÍTULO: TERMOCONVERSÃO DA PARTE AÉREA DA PLANTA DA MANDIOCA PARA OBTENÇÃO DE BIOPRODUTOS AVANÇADOS.
PALAVRAS-CHAVES: Manihot esculenta. Pirólise. Bio-óleo. Biomassa. Biocarvão.
PÁGINAS: 125
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
SUBÁREA: Química Analítica
RESUMO:
Nos últimos anos vem crescendo o interesse de pesquisadores no emprego debiomassas lignocelulósicas para a produção de biomateriais, biocombustíveis equímicos renováveis. Isso se deve à grande disponibilidade desses materiaisdevido sua alta produção e baixo custo, como é o caso de biomassas residuaisagrícolas. Dentro desse contexto, a biomassa residual da colheita de mandioca,a quarta principal cultura do estado de Sergipe, se apresenta como potencialfonte de matéria-prima para a obtenção de produtos de interesse econômico.Neste trabalho foi avaliada a possibilidade do aproveitamento dessa biomassaresidual a partir de sua conversão termoquímica em três temperaturas utilizandoum reator cilíndrico de forno rotativo. Os resultados de balanço de massamostraram que os maiores rendimentos de bio-óleo (12,6%) e gás pirolítico(34,1%) foram obtidos na temperatura de 600 °C. Enquanto que a fase aquosade pirólise e biocarvão apresentaram rendimentos máximos nos processos a 500°C (32,9%) e 400 °C (38,9%), respectivamente. As análises imediata e elementarmostraram o aumento do grau de carbonização, aromaticidade e poder caloríficodos biocarvões de acordo com o aumento da temperatura do processo em quefoi produzido. Enquanto que, os espectros de FTIR mostraram a redução dafuncionalização orgânica dessas amostras. O resultado da análise elementar dosbio-óleos mostrou que as amostras produzidas a 400 e 500 °C apresentarammaiores teores de carbono, menores teores de oxigênio e poder calorífico maiselevados, 57,3 e 57,9%; 33,01 e 32,7%; e, por fim, 26,8 e 26,7 Mj kg−1,respectivamente. A caracterização por GC/MS mostrou que o bio-óleo produzidoa 500 °C apresentou o maior teor de fenólicos dentre as 3 amostras, com 33,0%da área total do cromatograma, seguido por ácidos carboxílicos e álcoois, comáreas de 13,2% e 9,9%, respectivamente. Observou-se que a temperatura depirólise atua sobre os rendimentos e composição química dos produtos depirólise e, apesar de apresentar rendimento mais baixo do que o obtido a 600°C, o bio-óleo produzido a 500 °C apresentou maior teor no fenólicos, o qualseria mais adequado para recuperação desses compostos de interesse.