Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: JOAO HARLLEY MARTINS LUNA
DATA: 30/07/2021
HORA: 14:00
LOCAL: videoconferência
TÍTULO: PRODUÇÃO E APLICAÇÃO DO BIOCARVÃO DA SEMENTE DE UVA NA
EXTRAÇÃO DOS DESREGULADORES ENDÓCRINOS 17α-
ETINILESTRADIOL E DIETILESTILBESTROL
PALAVRAS-CHAVES: Adsorção, Poluentes, Desreguladores, Fase sólida.
PÁGINAS: 106
GRANDE ÁREA: Ciências Exatas e da Terra
ÁREA: Química
RESUMO:
Com o aumento da quantidade de resíduos despejados no ambiente e a
necessidade de remoção dos poluentes emergentes em leitos de rios e lagos,
várias pesquisas se concentraram na aplicação dos bioadsorventes para esse
propósito. Neste trabalho foi estudado o biocarvão da semente de uva como
alternativa de bioadsorvente na remoção por extração em fase sólida (SPE) e
extração magnética em fase sólida (MSPE) dos desreguladores endócrinos
17α-etinilestradiol (EE2) e dietilestilbestrol (DES). Para isso, foi produzido o
biocarvão a partir da pirólise da semente de uva e este ativado quimicamente
com KOH e HCl. Parte do sólido ativado foi magnetizado utilizando o FeSO4 ∙
7H2O para impregnação de óxidos de ferro em sua superfície. Os biocarvões
foram caracterizados pelas técnicas de Boehm, PCZ, EDX, FTIR, Análise
Textural e MEV. Verificou-se a predominância de grupos ácidos no biocarvão
sem ativação e ativado, e valores de PCZ 7,29 e 5,99, respectivamente.
Enquanto que no biocarvão magnético havia maior presença de grupos básicos
e PCZ 9,01. Pela análise de EDX foi quantificada a presença de 41,3% de ferro
no biocarvão magnetizado, enquanto que nos outros dois tipos sua presença
foi de 0,001%. A análise textural demonstrou que o processo de ativação
química foi eficiente com aumento da área superficial de 43,12 m2.g-1 no
biocarvão sem ativação para 114,42 m2.g-1 no biocarvão ativado. Na SPE,
usando um adsorvente comercial C18 foi alcançado uma recuperação de 63,2%
± 2,53 para o EE2 e 76,4 ± 3,99 para DES. Quando aplicado o biocarvão
ativado como um bioadsorvente a recuperação foi de 73,1% ± 1,19 para o EE2
e 77,9% ± 2,54 para o DES. O modelo cinético de pseudo-segunda ordem
melhor se aplicou a esses resultados. Logo após, o modelo isotérmico de
adsorção de Lagmuir demonstrou que houve a formação de monocamadas.
Para a otimização da recuperação dos analitos foi realizado um planejamento
fatorial 23 com a variação dos parâmetros massa de adsorvente, volume de
amostra e rotação, sendo alcançada uma recuperação de 98,52% ± 0,87 para
o EE2 e 93,43% ± 2,33 para o DES utilizando 500 mg de biocarvão
magnetizado, 20 mL de solução e rotação de 200 rpm.