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Banca de QUALIFICAÇÃO: TAINA RIBEIRO KLINGER FLORENCIO

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: TAINA RIBEIRO KLINGER FLORENCIO
DATA: 02/07/2024
HORA: 08:00
LOCAL: PLATAFORMA DE REUNIÃO REMOTA A DEFINIR
TÍTULO: Programa de educação em dor associada a exercício por telerreabilitação para crianças e adolescentes com fibromialgia juvenil: estudo de viabilidade
PALAVRAS-CHAVES: Terapia por exercício; Educação; Dor crônica; Fibromialgia; Criança; Adolescente; Telerreabilitação.
PÁGINAS: 326
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Fisioterapia e Terapia Ocupacional
RESUMO:

Introdução: A fibromialgia juvenil (FMJ) é uma síndrome crônica, caracterizada por dormusculoesquelética difusa, com alto impacto funcional e psicossocial. Pessoas com dor crônicapodem apresentar crenças disfuncionais sobre a dor. Exercícios e educação em saúde são ospilares do tratamento, porém baixa adesão está presente em indivíduos com condições crônicaspor barreiras de acesso, cinesiofobia e baixa autoeficácia. Educação em dor pode modificarcomportamentos disfuncionais relacionados a dor e favorecer o exercício. A prestação deserviços de saúde pela internet emerge como uma solução viável para facilitar o acesso à saúde.Objetivos: Objetivos: (1) Explorar experiências, percepções e crenças de crianças eadolescentes com FMJ, e de suas mães, sobre dor; e as suas modificações após participação doprograma de educação em dor e exercício por telerreabilitação; (2) Identificar associações dasrespostas cognitivo-afetivas e de fatores parentais com sintomas e funcionalidade emcrianças/adolescentes com FMJ; (3) Avaliar a viabilidade e a aceitabilidade de um programa deeducação em dor associada a exercício por meio de telerreabilitação para crianças eadolescentes com FMJ. Material e métodos: O estudo incluiu três desenhos: i) estudoqualitativo; ii) estudo observacional transversal; ii) estudo clínico de viabilidade, de grupoúnico, com abordagem qualitativa e quantitativa. O estudo incluiu crianças e adolescentes comidade entre 8 e 18 anos, com diagnóstico de FMJ, e suas mães. Entrevistas estruturadas foramrealizadas, questionário socioeconômico, demográfico e clínico foram aplicados assim comodiário de frequência e os seguintes instrumentos: "Hospital Anxiety and Depression Scale";escala numérica de 11 pontos; questionário de fatores psicossomáticos; escala de Cinesiofobiade Tampa; Pain Catastrophizing Scale- children; Pain Catastrophizing Scale-Parents;Children's Depression Inventory; escala de ansiedade infantil “O que penso e sinto”; escala deAvaliação da Adesão ao Exercício; escala de percepção do efeito global; questionário PediatricQuality of Life InventoryTM. O programa de telerreabilitação teve duração de 8 semanas,englobou educação em dor e exercício, foi realizado em ambiente virtual, nas modalidadessíncrona e assíncrona. Pais e cuidadores foram convidados a participar do programa deeducação, com formato semelhante. Avaliou-se experiências, crenças e percepções sobre dor;taxa de desistência; taxa de completude dos dados; taxa de consentimento; adesão; satisfação;eventos adversos; ansiedade; depressão; intensidade de dor; fatores psicossomáticos;cinesiofobia; catastrofização; percepção do efeito global e qualidade de vida. Resultados:Foram avaliados 15 crianças e adolescentes com FMJ e suas mães (n=15). A análise dos dadosqualitativos resultou em cinco categorias relacionadas às experiências, percepções e crençasdas crianças e adolescentes sobre dor: concepção e conhecimento da dor; características da dor;aspectos psicológicos; impacto da dor na funcionalidade; enfrentamento da dor. E, seiscategorias relacionadas às percepções e crenças sobre dor na perspectiva das mães: crençassobre dor; implicações da dor na vida dos filhos; percepções sobre características da dor;aspectos maternos relacionados com a dor dos filhos; percepção de como os filhos lidam coma dor; percepção sobre o impacto do exercício físico no controle da dor. No estudo decorrelação, identificamos correlações positivas e moderadas da catastrofização com intensidadedor (r= 0,524; p= 0,045), ansiedade (r= 0,573; p= 0,025) e fatores psicossomáticos (r= 0,692;p= 0,004), e correlação negativa e moderada com qualidade de vida (r= -0,613; p= 0,015).Houve correlação moderada, positiva da cinesiofobia com ansiedade (r= 0,532; p= 0,045) efatores psicossomáticos (r= 0,552; p= 0,033), e correlação negativa e moderada com qualidadede vida (r= - 0,685; p= 0,005). Observou-se correlação positiva e moderada entre depressão das
mães e das crianças/ adolescentes (r= 0,537; p= 0,039) e com a intensidade de dor das crianças/adolescentes (r= 0,631; p= 0,012). Verificou-se correlação positiva e moderada entre ansiedadedas mães e das crianças/ adolescentes (r= 0,535; p= 0,004). Houve associação entre odiagnóstico de FM das mães com a intensidade de dor das crianças/ adolescentes (χ2 =15,0, p=0,036) e com o absenteísmo escolar (χ2= 5,625, p= 0,018). Observou-se diferença significativaentre a catastrofização da dor relatada pelas crianças e adolescentes e relatada pelas mães sobrea dor dos filhos (teste t= -2,61; df= 28; p=0,014). O estudo de viabilidade incluiu 15 crianças eadolescentes com FMJ, com idade média de 13,8 anos (DP=2,4) e a maioria do gênero feminino(73%). A taxa de desistência, consentimento e completude dos dados foi 0%, 79% e 100%,respectivamente e indicaram viabilidade do programa. A taxa de retenção foi 80% e a média deadesão à prescrição de exercícios foi 18±4,17. A participação média nas sessões de exercíciossíncrona, assíncrona e nos encontros de educação em dor foram respectivamente 6,0 ± 1,7; 3,25± 3,59 e 5,25 ± 2,52 das oito sessões de cada. Na análise qualitativa foram relatadas altasatisfação e percepção dos benefícios. Embora os participantes tenham relatado que acomunicação com fisioterapeuta ajudou nos exercícios assíncronos e aumentou confiança,preferiram a modalidade síncrona por sentir-se mais seguros com a supervisão direta. Nãohouve relato de evento adverso relacionado ao programa. A análise qualitativa relacionada àsmodificações nas crenças após o programa resultou em seis categorias: crenças da doença;crenças da dor; melhora da autoeficácia para realização de exercícios; mudanças percebidas nasaúde e relações interpessoais; estratégias de enfrentamento da dor; percepção dos fatores quepodem influenciar no manejo. Conclusões: O programa de educação em dor associada aexercícios é viável, aceitável, seguro e gerou satisfação nas crianças/adolescentes e suas mães.Antes da realização do programa identificamos desconhecimento e crença ameaçadora sobre ador, sofrimento emocional e limitações nas atividades e participação social. O programaproporcionou maior conhecimento sobre a dor e seu gerenciamento, melhora da crença deautoeficácia para exercícios e da funcionalidade.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1315121 - DIVALDO PEREIRA DE LYRA JUNIOR
Externo à Instituição - Felipe José Jandre dos Reis
Externo ao Programa - 3053061 - MARILIA VIEIRA FEBRONIO

Notícia cadastrada em: 19/06/2024 10:59
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