Uma banca de QUALIFICAÇÃO de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE: EDUARDO JOSÉ PEREIRA FERREIRA
DATA: 14/06/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do Hospital São Lucas
TÍTULO: Prognóstico Cardiovascular da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica Subclínica em
Pacientes com Doença Arterial Coronária
PALAVRAS-CHAVES: Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica; Doença Arterial
Coronariana; Fatores de Risco de Doenças Cardíacas; Infarto do Miocárdio;
PÁGINAS: 59
GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde
ÁREA: Medicina
RESUMO:
Introdução: A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) piora o prognósticoem pacientes com doença arterial coronariana (DAC). No entanto, o prognósticocardiovascular da DPOC em pacientes estáveis e oligossintomáticos é poucoconhecido. O objetivo do presente estudo foi avaliar a ocorrência de eventoscardiovasculares a longo prazo em pacientes com DPOC subclínica e DACconcomitante. Métodos: Trata-se de um estudo analítico longitudinalenvolvendo 117 pacientes com suspeita de DAC ou DAC estabelecida,submetidos à avaliação da função pulmonar por espirometria e acompanhadospor seis anos (março de 2015 a janeiro de 2021). Os pacientes foram divididosem dois grupos, conforme espirometria: DPOC (n=44) e sem DPOC (n=73). Aregressão de Cox foi utilizada para avaliar a associação entre DPOC e eventoscardiovasculares, com ajuste para os fatores de risco estabelecidos para DAC eo tamanho do efeito foi medido pelo teste de Cohen. Resultados: Os pacientescom DPOC eram mais idosos (p=0,028), apresentavam maior frequência dediabetes (p=0,026), histórico de tabagismo (p<0,001) e apresentavam escoresmais elevados da escala modificada do “Medical Research Council” (p<0,001).Não houve diferença entre os grupos quanto ao sexo, índice de massa corporal,hipertensão, dislipidemia, história familiar de DAC ou tipo de angina. Afrequência de DAC e a proporção de pacientes com DAC grave e multiarterialforam significativamente maiores nos pacientes com DPOC, comparados aogrupo sem DPOC (todos p<0,001). No seguimento de seis anos, os pacientescom DPOC apresentaram maior frequência de eventos cardiovascularesadversos do que aqueles sem DPOC (p<0,001; tamanho do efeito, 0,720). Apósajuste para os fatores de risco para DAC, a presença de DPOC permaneceucomo preditor independente de eventos cardiovasculares adversos a longoprazo (OR: 5,13; IC 95%: 2,29–11,50; p<0,0001). Conclusões: A DPOC esteveassociada ao aumento da gravidade das lesões coronarianas e ao maior númerode eventos cardiovasculares adversos em pacientes com DAC suspeita ouestabelecida. A DPOC permaneceu como preditor de eventos cardiovascularesa longo prazo em pacientes estáveis com DPOC subclínica, independentementedos fatores de risco estabelecidos para DAC.